quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Debate virtual 2

Tema 01. Cidadania ativa na escola ou educação ativa fora da escola.
Tema 02. Para qual criança se legisla?


Ambos de responsabilidade de Arthur, Mariana, Thiane e Veridiana


O papel da comunidade é primordial. Para Araújo (2007) a construção de um ambiente ético que ultrapasse os muros das escolas se impõe como uma ferramenta importante para que a educação seja ressignificada na contemporaneidade. O autor destaca que, defende-se que a educação não deva se limitar aos muros das escolas, mas deve se estender ao bairro e à comunidade, incluindo as relações com as famílias dos estudantes e as demais pessoas a sua volta.

Sem eximir a escola de suas especificidades como instituição responsável pela educação, entende-se que a escola deva estar em contato com seu entorno de modo que a comunidade participe, dentro de suas condições, do processo educativo. Isso ajudará na construção de um ambiente ético. Esta proposta pretende tornar o entorno da escola um espaço de aprendizagem e de promoção e garantia de direitos, deveres e cidadania.

No documentário que assistimos, a família aparece atuando na educação das crianças junto à escola. Os pais aparecem interferindo diretamente nas decisões das crianças na escola, nas atitudes que tomam e o professor legitima tudo o que os pais trazem. A atuação tanto da escola quanto dos pais em relação à ética e ao que seria um processo realmente democrático é questionável, mas sua estreita relação e atuação conjunta na educação das crianças ficam evidentes. É lamentável que no documentário constatemos que nem a escola e nem a família estavam preparados para educar as crianças de maneira coerente com a proposta pretendida, uma proposta democrática. A escola, prioritariamente, deveria trazer uma prática com valores éticos, de respeito, justiça, solidariedade e não legitimar uma competição baseada no jogo sujo e na compra de votos.

Para Araújo (2007, p.57-58) “reforçar a importância da articulação entre sujeito e cultura/sociedade na construção da cidadania, e de relações mais justas e solidárias no seio da comunidade em que se vive pode indicar possibilidades para o desenvolvimento de ações educativas que levem a uma reorganização na forma como a escola está estruturada, tanto do ponto de vista físico quanto pedagógico”. Todavia, apesar defender a ampliação do espaço educacional para a comunidade, o autor esclarece que o centro das ações educacionais continua sendo a escola, “essa instituição com seu papel social de instrução e formação das novas gerações, é a que possui os educadores capacitados ao exercício profissional da educação”. (ARAÚJO, 2007, p.58)

Desde muito cedo se deve proporcionar às crianças oportunidades para fazerem escolhas, dentro das possibilidades de sua idade e de acordo com as possibilidades do dia-a-dia da escola. As crianças devem ter oportunidades para opinar, fazerem escolhas e para lidarem com as conseqüências de suas escolhas.

Propostas como elaborar “combinados” e regras na sala de aula com a ajuda dos alunos e a construção de relações éticas e democráticas a partir das assembléias escolares, privilegiam a participação dos alunos e o desenvolvimento de um repertório para a resolução de problemas. “As assembléias escolares são um espaço para a elaboração e reelaboração constantes das regras que regulam a convivência escolar, as assembléias propiciam momentos para o diálogo, a negociação e o encaminhamento de soluções dos conflitos cotidianos. Desta maneira, contribuem para a construção de valores e atitudes éticas.” (ARAÚJO, 2007, p.50-51)

Nestes momentos, os professores têm oportunidade de conhecer melhor seus alunos e temas como disciplina e indisciplina, as regras do grupo-classe, passam a ser de responsabilidade de todos, tanto sua elaboração como cumprimento. “O espaço das assembléias propicia uma mudança radical na forma como as relações interpessoais são estabelecidas dentro da escola e, se devidamente coordenado com relações de respeito mútuo, permite verdadeiramente a construção de um ambiente escolar dialógico e democrático.” (ARAÚJO, 2007, p.51)

O que pudemos observar no documentário apresentado foi uma falta de preparo da escola para trabalhar de forma democrática e ética. Não houve uma discussão nem esclarecimento para as crianças do que se tratava uma eleição, do que é democracia, valores, ética... A atuação das crianças ficava unicamente embasada na opinião e nos conselhos dos pais, pessoas também pouco informadas a respeito do processo democrático e de como esse processo podem acontecer de maneira ética. Vemos uma sucessão de atitudes embasadas em valores equivocados. Não há uma base para a construção de relações éticas e democráticas, portanto, não há base para se educar as crianças no mundo das escolhas.

Uma instituição escolar nem sempre tem o objetivo de conciliar valores, mas, de explicitar as diferenças. Ulisses F. Araújo propõem que seja trabalhada em sala aula modelos de assembléias que tem como eixo a democracia participativa, que tenta trazer para o espaço coletivo a reflexão sobre os fatos cotidianos, incentivando o protagonismo das pessoas e a co- participação do grupo na busca de encaminhamento para os temas abordados, respeitando e naturalizando as diferenças inerentes aos valores e as crenças.

No documentário que assistimos, a família aparece atuando na educação das crianças junto à escola. Os pais aparecem interferindo diretamente nas decisões das crianças na escola, nas atitudes que tomam e o professor legitima tudo o que os pais trazem. Nem a escola e nem os pais, no filme, estão preparados para auxiliarem as crianças na construção de idéias em relação à ética e democracia.

Araújo esclarece que o centro das ações educacionais continua sendo a escola, ainda que se valorize a participação da família e da comunidade no processo educativo, “essa instituição com seu papel social de instrução e formação das novas gerações, é a que possui os educadores capacitados ao exercício profissional da educação”. (ARAÚJO, 2007, p.58) Ou supõe-se que possua os profissionais preparados para esta ação educativa. Portanto, cabe à escola discutir e trabalhar com seus alunos conceitos como ética e cidadania.

Outra idéia interessante e que busca trabalhar a ética, a cidadania e a democracia na escola são as assembléias de sala, que tem como eixo a democracia participativa, que tenta trazer para o espaço coletivo a reflexão sobre os fatos cotidianos, incentivando o protagonismo das pessoas e a co- participação do grupo na busca de encaminhamento para os temas abordados, respeitando e naturalizando as diferenças inerentes aos valores e as crenças.

7 comentários:

Isabel Esteves disse...

OI, Arthur, Mariana, Thiane e Veri!

gostei muito das relações que estabeleceram entre o texto de Ulisses Araújo e o documentário. No entanto, não acho que vocês responderam a minha questão acerca do papel da comunidade na construção de uma educação democrática. Ficaram presos aos conteúdos do texto e documentário e não emitiram opinião acerca deles. Gostaria que respondessem de outra forma: mais pessoal.

Isabel :>)

Veri disse...

No ponto de vista pessoal, digo do meu (Veri), a comunidade é essencial para a formação da educação, pois acredito se a comunidade iniciar a educação fora do ambiente escolar, quando essas crianças entram nesse ambiente, já será mais facil e prazeroso a formação de cidadãos.
Acredito ainda que a formação de cidadãos poderia se iniciar na comunidade de forma conjunta com a escola.
Garantindo assim, o ambiente escolar como ambiente de aprendizagem, dever e garantia de que o cidadão formado pelas comunidades será visto e valorizado nesse ambiente.

Nina disse...

Pessoal!!! Alguém do grupo pode enviar as perguntas que fizemos... Eu lembro o conteúdo, mas queria tê-la na íntegra para cometar o texto...

Nina

Isabel Esteves disse...

Nina,
basta você procurar no próprio blog, pelo texto Debate virtual 2 perguntas. Todas as perguntas estão lá.

Isabel :>)

Nina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nina disse...

Partir do ponto de vista defendido por Araújo é realmente muito importante. A escola deve ser o centro das ações educacionais, ainda que se valorize a participação da família e da comunidade no processo educativo.
Assim, a heterogeneidade das famílias se une num ambiente em que os objetivos são muito claros,e neles é que se pautarão as ações educacionais.
O documentário nos mostra, com clareza, aspectos negativos da participação familiar sem uma mediação institucional.
É preciso, saber medir a participação familiar para garantir a escola como um espaço de aprendizagem e de promoção e garantia de direitos, deveres e cidadania, como o próprio Araújo apresenta.

Arthur disse...

No meu ponto de vista, estou de acordo com a Veri. Acredito muito no poder em que a sociedade próxima a escola tem um pappel fundamenltal na formação de cidadãos. Acredito que a participação ativa da sociedade é de fundamental importância para definirem os rumos a serem tomados pela escola durante o trajeto percorrido pelas crianças que ali estudam.

Quero dizer que é preciso que haja uma relação mais estreita entre escola e sociedade, isso se faz de varias maneiras, mas Ulisses nos mostra que podemos fazer Assembleias de Sala juntamente com a sociedade daquela detreminada região.

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